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(Análise) LG Nexus 5X: vale a pena em 2021?
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Olá pessoal! Recentemente tive a oportunidade - e sorte, diga-se de passagem - de adquirir um "novo" aparelho que era um dos meus sonhos de consumo há alguns anos, na caixa e novinho em folha! Estou falando do LG Nexus 5X, o Smartphone da Google em parceria com a LG que, assim como o Huawei Nexus 6P, foram os últimos modelos da linha a receberem a marca Nexus, dando lugar a famigerada linha Pixel. Será que ainda vale a pena adquirir um aparelho como esse em pleno 2021? Acompanhe esta análise retrô!
Para quem não conhece, o Nexus 5X foi o sucessor do Nexus 5 e assim como o modelo anterior, também foi desenvolvido pela LG em parceria com a Google. Lançado em setembro de 2015, juntamente com o Android 6 Marshmallow, o Nexus 5X possuía características muito interessantes, principalmente se levarmos em consideração tudo o que ele entregava pelo preço sugerido, que era relativamente inferior aos seus concorrentes como o Samsung Galaxy S6, o Sony Xperia Z5, o iPhone 6S entre outros.
O Nexus 5X possuía as principais especificações técnicas:
- Processador: Qualcomm Snapdragon 808 six-core (4x1.44Ghz Cortex A53 e 2x1.8Ghz Cortex A57);
- Memória: 2GB de RAM;
- Armazenamento: 16 ou 32GB;
- Tela: LCD IPS FullHD de 5.2 polegadas com proteção oleofóbica, Gorilla Glass 3 e proporção 16:9;
- Câmeras: traseira de 12.3MP com abertura f/2.0, foco laser e flash duplo dual tone, e frontal de 5MP com abertura f/2.0;
- Bateria: Li-Po de 2700mAh de capacidade máxima;
- Sistema Operacional: Android 6.0 Marshmallow;
- Dimensões: 147 x 72.6 x 7.9 mm.
A versão testada possui o codinome LGH790 na cor grafite. Ele possui 16GB de armazenamento interno sem a possibilidade de expansão, além de outras características como: sensor de impressões digitais localizado na parte traseira, entrada para fones de ouvido, microfone com cancelamento de ruído, suporte a redes 2G/3G/4G, entrada para um único chip e, pasmem, conexão USB tipo C, tudo isso envolvido em um corpo plástico e pesando apenas 136 gramas.
O que vem na caixa
O aparelho vem embalado em uma caixa de cor branca muito bonita e minimalista, com ênfase para o sulfixo X do modelo em questão. Dentro dela encontramos um carregador fast charging de 15W, algo que se tornou popular entre os smartphones intermediários anos mais tarde. Também encontramos alguns guias e manuais, um cabo USB tipo C nas duas extremidades, uma chave extratora da gaveta do SIM card, o aparelho em si e nada mais, além de um cartão que oferecia descontos na assinatura do Google Play Music.
Primeiras impressões
Ao retirar o smartphone da caixa, a primeira impressão que eu tive foi o peso. O telefone é realmente pequeno, leve e fácil de segurar, principalmente se compararmos com os celulares atuais. Ele tinha tudo para ser ergonômico e confortável de manusear, mas não é bem assim, pois seus cantos são pontiagudos e a traseira feita em plástico levemente emborrachado é razoavelmente lisa, podendo causar certo desconforto como foi no meu caso. O Motorola Moto G5S, por exemplo, mesmo com dimensões maiores, oferecia maior ergonomia ao segurar. Não que seja ruim, mas não é um dos telefones mais confortáveis de mexer, principalmente quando queremos usar com apenas uma das mãos.
O acabamento não minha opinião é uma incógnita. Ele é bem feito e bonito, mesmo com o peso da idade, mas a traseira apesar de ser muito bonita e bem acabada, acumula muitas marcas de dedo, de modo que se não tomar cuidado é possível que ela até mesmo fique manchada com pouquíssimo tempo de uso. Um acabamento em policarbonato envernizado evitaria este problema.
A experiência com o Android puro pode acabar satisfazendo os mais puristas como no meu caso. Mesmo nos dias atuais a experiência é satisfatória, principalmente após a atualização do sistema. Com o Android 6 eu notei muitos engasgos com alguns aplicativos e com o multitarefas, mas ao atualizar para a versão 7.1.2 (Nougat) foi como da água para o vinho! O velho aparelho ganhou mais fôlego para encarar os apps normalmente utilizados, tudo ficou mais rápido e fluído. Até a bateria começou a durar mais!
Por falar em bateria, são 2700mAh de capacidade máxima. Isso vai garantir pelo menos um dia de uso leve a moderado, não mais do que isso. Era uma marca comum naquela época, pois dificilmente um flagship ou topo de linha conseguia durar vários dias, o que ainda é uma realidade para alguns modelos atuais como o Samsung Galaxy S21 Ultra. Diante disso, posso dizer que é uma bateria "quase" honesta, que ainda consegue entregar boa autonomia para o uso cotidiano.
Desempenho
O Nexus 5X vem equipado com o processador Snapdragon 808, que possui 4 núcleos Cortex A53 rodando a 1.44Ghz mais 2 núcleos Cortex A57 rodando a 1.8Ghz. Este SoC vem equipado com a GPU Adreno 418 e possui 2GB de memória RAM. Ele veio de fábrica com a versão 6 do Android (Marshmallow) e foi atualizado até a versão 8.1 (Oreo) do Sistema Operacional. Confesso que fiquei impressionado como um celular de 2015 ainda consegue ser tão competente, pelo menos para o uso geral. Ele funciona muito bem e responde rápido aos gestos e comandos, melhor até mesmo que o Sony Xperia Z3, diga-se de passagem. É claro que ocorrem algumas travadinhas durante o uso, mas elas não chegaram a incomodar tanto assim.
Pontos positivos
O aparelho da Google possui alguns aspectos que merecem atenção e que fazem dele um dispositivo interessante, sendo um deles a tela. É um painel LCD IPS que costumamos ver por aí, mas ela entrega ótima qualidade, boa reprodução de cores, sem exageros ou falta de saturação, nitidez mais que aceitável com sua densidade de pixels de 424DPI, tamanho satisfatório, principalmente para quem não gosta de telas muito grandes e a experiência de toque é confortável. Na minha opinião é uma tela bem equilibrada e não esperava menos do que isso vindo de um Nexus.
A câmera também mostra o seu valor, mesmo com o peso da idade de quase 6 anos. Apesar da abertura da lente ok, as imagens capturadas costumam ser bastante escuras, tanto na frontal quanto na traseira. Entretanto, é possível observar baixo ruído e reprodução de cores muito próximas da realidade. Aqui não vemos aqueles efeitos oriundos de pós processamento agressivo como saturação e embelezamento exagerados como nos aparelhos da linha Galaxy ou da Motorola. Os ângulos de visão são bons, principalmente na câmera frontal que é wide. Para quem gosta de câmeras mais neutras, elas ainda poderão ser agradáveis no dia a dia.
Por fim, o terceiro ponto que merece destaque é o Sistema Operacional. Ele é limpo e bonito, do jeito que veio ao mundo, sem bloatwares, customizações ou qualquer coisa do gênero. Apesar da falta de alguns recursos de outros telefones como gestos personalizados, ajustes na interface gráfica entre outros, é uma experiência muito bacana.
Pontos negativos
Mas nem tudo são flores. Um dos pontos que não me agradaram foi a autonomia da bateria, quer dizer, ela não oferece uma autonomia tão ruim assim, pois tudo dependerá do tempo de uso. No meu uso leve, verificando notificações, conversando no Whatsapp e Telegram, testando o Snapchat, assistindo alguns vídeos YouTube, ouvindo poucas horas de Spotify e navegando na Internet ela foi capaz de aguentar quase o dia todo, exigindo uma segunda carga durante a noite. Então não espere que ele aguente mais do que algumas horas em uso constante, o que pode desagradar muita gente que gosta ou precisa ficar bastante tempo longe da tomada. Se a LG tivesse colocado ao menos uma bateria de 3000 ou 3500mAh o problema seria resolvido.
Outro problema que observei foi em relação da tampa traseira. Ela possui uma textura levemente emborrachada que acumula muitas (mas MUITAS) marcas de dedo. Com apenas 5 dias de uso já notei que haviam pontos manchados na tampa, o que desagradou bastante.
Por fim, o terceiro ponto que me desapontou um pouco foi a questão do armazenamento. Não há possibilidade de expansão, apenas uma entrada para cartão SIM e nada mais, nos obrigando a escolher a versão com 16 ou 32GB. No meu caso não encontrei a versão com 32GB novo à venda então acabei optando pela versão com menos armazenamento interno. É preciso se policiar em relação à quantidade de apps instalados, pois o armazenamento "enche" com facilidade e não há possibilidade de expansão.
Conclusão
Mas afinal, será que apesar de todos os pontos mencionados o Nexus 5X ainda dá conta do recado em pleno 2021? A melhor resposta para esta pergunta é DEPENDE. Em uso leve com aplicativos populares e sem muitos apps abertos em segundo plano, o Nexus 5X consegue sim funcionar bem e sem muitos engasgos. Aplicativos e jogos pesados estão fora de questão, quer dizer, ele ainda é capaz de rodar muitos deles, mas isso vai causar problemas de superaquecimento e duração da bateria.
Então para quem busca um aparelho que seja barato, que se destine a um uso mais corriqueiro e que não se importe com as novas tendências tecnológicas como câmeras duplas, triplas ou quádruplas, telas grandes ultra wide, sensor de impressão digital na tela, redes 5G etc, o LG Nexus 5X é uma das melhores opções de smartphones da geração anterior, superando seus concorrentes diretos em relação ao preço.
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